Apanhadores de iIlusões ( II Peça Superficial)
Consomem-se de fantasias
Aliciados pela mentira,
Transportados pela vontade
De ser feliz...
Todos iguais:
Cada atitude,
Cada gesto,
Movidos pelo impulso.
Dizem-se livres
E não se libertam sequer da prisão
De seus pensamentos ingênuos.
Essa liberdade vazia não me interessa mais.
Esses conceitos revolucionários estão obsoletos para mim
Quase condenado,
Quase morto...
Formam um exemplo perfeito de coletividade?
Não. Estão apenas fantasiados de uma personalidade curiosa
Para que outros vejam,
Apontem e digam:
Eles são loucos...
Mas, eu não os vejo dessa forma
Afinal, faço parte.
Eu sou ator e autor nesse teatro:
São apenas apanhadores de ilusões...
Que saltam ao meu encontro;
Que me encontram;
Que me abraçam;
Que oferecem um beijo insignificante no meu rosto...
Eu os absorvo!
E nossa amizade tem gosto de hipocrisia...
Se alguém me perguntar o que faço ali
Responderei simplesmente
Que fui transportado pela vontade
De ser feliz.