CANÇÃO DA SAUDADE
CANÇÃO DA SAUDADE.
Hoje percebi que não estavas.
Tua ausência deixou um vazio.
A amizade, o dia-a-dia vivido,
Quando nos é abruptamente subtraído,
Provoca-nos uma vacuidade e uma dor.
E assim, vai nascendo esta canção.
Que tem um pouco dos teus olhos.
E vagarosamente saudoso me lembro:
Do teu sorriso descontraído e longo.
Às vezes, sinto-te muito presente.
É a mesmice de querer te ver sempre.
É a projeção criada na mente.
Uma forma que baila em fuga,
O teu carisma envolvente de,
Trânsfuga imagem de mulher.
Que persiste ficar me envolvendo,
Em lembranças rápidas e fugidias.
É o profundo abismo da ausência,
Que os poetas embalam e sentem,
Nas linhas desta canção, uma saudade.
Sintomas vivos e reais d’alma.
São impulsos emocionais e confusos.
Que nós os poetas submetemo-nos.
À dor, à saudade, de uma mulher carismática.
Eráclito Alírio.