AO VIAJANTE

Quem és?

Um amigo ou um desconhecido?

Se amigo, aproxima-te;

Encontrarás aquela mão afetuosa

Que te deseja boas vindas.

Se desconhecido,

Aproxima-te, assim mesmo,

E a mesma mão estendida

Significará, com certeza,

Um convite à apresentação

E o desejo de conhecimento.

Por favor,

Não desprezes

Nem decepciones

O carinho que te é ofertado

Por essa mão gentil!

Segue-a...

Podes ter certeza

De que ela,

Se bem recebida,

Descortinará para ti

O que de melhor

E mais bonito houver

Ao seu alcance; tudo para

Prestigiar este visitante.

Percebo que vieste de longe...

Mas, seja qual for a tua intenção,

Boa ou má,

Lisonjeira ou de escárnio,

Sei, também,

Que ao pisar pela primeira vez

Um solo desconhecido,

Não desejas ser

Outro desconhecido nele.

Conhecer é viver,

Viver é amar,

Amar é ser feliz...

A mão que se oferece

Pode ser tua amiga,

Se souberes acatá-la.

Não deixes, viajante amigo,

Que ela seja estendida em vão;

Aperta-a e segue-a;

Ela procurará

Fazer-te feliz.

Dalva da Trindade S Oliveira

29.07.70/Editado em 07.10.2010