A CANÇÃO DO VENTO

Minha lira vaga e voa

Beija-flor à toa

Cheirando pólen e lambendo mel

Meus versos não são rebuscados

Ainda que pareçam trabalhados

Escorrem cristalinos

Feito cascatas do céu

Meu amor adormecido

Foi subitamente despertado

Que bom,

Eu não estou vencido

Meu poema

Concreto e fragmentado

Anseia ser compartilhado

Digerido, degustado, questionado,

Discutido,

Não por intelectuais distantes

Prepotentes, inatingíveis

Mas por pessoas, humanas, acessíveis,

Sensíveis,

Que compreendem minhas palavras

Minha Lira vaga e vôa

Beija-flor à tôa

Em busca de quem tenha tempo

Para ouvir a canção do vento

No meio da selva urbana

Zanoni Yberville
Enviado por Zanoni Yberville em 20/08/2010
Reeditado em 04/06/2013
Código do texto: T2448443
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