MEU AMIGO
Um verdadeiro amigo
Não usa de vil suspeita
Os meus limites respeita
Sorri e chora comigo
Na invernada é abrigo
O meu caráter não lesa
Não mede, também não pesa
Atos e passos que dou
Se o riso falso doou
A minha alma despreza
Se em mim só enxerga o mal
Mas põe a mão no meu ombro
Só vai encontrar escombro
Sendo muito natural
Não pode haver catedral
Na areia alicerçada
Nem casinha e nem nada
Que não venha a ruir...
Confiar é construir
Uma amizade adornada!
Sempre me deixa a vontade
Meu amigo verdadeiro
Cobrança o tempo inteiro
Não é próprio da amizade
Bom mesmo é liberdade
Que um amigo nos dar
De ir, de vir e de estar
Sem haver constrangimento
E não muda o sentimento
Mesmo se o tempo passar
Um amigo é um irmão
Que escolhemos na terra
Tem defeitos, também erra
Sempre sem má intenção
É nobre seu coração
Sem travo, sem arrogância
Como se vê na infância
Uns corações bem alvinhos
De algodão doce, levinhos
Que exalam boa fragrância