Prostituta,(O ser humano)
Amiga, quantas vezes.
Nós sentamos aqui nesta mesa
Para bater um papo e passar o tempo
Dividimos nossa despesa, como amigos,
Depois partir para voltar no dia seguinte
E ocupar a mesma mesa de sempre
Todos, aqui já nos conhecem, o suficiente.
E também sabem da nossa amizade
Mas têm aqueles que não compreendem.
A minha amizade com uma prostituta
Só que a mim não importa o que eles pensam
Como não importa o que você faz
A nossa amizade é bem maior
Que estes sentimentos mesquinhos
Que os levam a falarem mal de nós
Criticando-nos e nos condenando
Como se eles fossem os donos da verdade
Uma verdade que só pertence a eles
Poucos são aqueles, os que compartilham dela.
Por isso tornam-se grandes egoístas
Porque suas palavras jamais nos atingiram
Apenas fortalecem a nossa amizade
Mesmo porque a nossa amizade nada tem a ver
Com aquilo que você faz ou deixa de fazer
Mas para eles não é isso que conta
E as nossas vidas que eles estão julgando
Sem levar em conta o ser humano!
Balneário dos Prazeres: 03 / 11 / 2008
Espero que aqueles que por ventura lerem este poema
procurem me compreender, não estou falando de uma
prostituta, mas de um ser humano, que, as vezes
obrigados pela circunstancia da vida, fazem algo
diferente daquilo que elas queriam para si, então passam
a ser marginalizada pela nossa sociedade.