Gosto
Gosto de olhar a cachoeira. É como sentir o sopro de Deus. Isto me deixa de mente serena, sem agitação.
Gosto de viajar sem rumo, sem pressa de voltar. Para falar a verdade nem gosto de voltar. Prefiro um lugar novo sempre.
Gosto de observar a ordem que tudo rege, e que reside no seio de cada elemento. Gosto de saber que não se pode saber tudo. O bom disto é o outro lado da moeda: podemos aprender infinitamente.
Gosto de pensar no passado e lembrar que tudo era muito pior que hoje. Principalmente minha maneira de ver as coisas.
Gosto de minha maneira de vê-las hoje. Mas sei que sempre dá para melhorar.
Gosto de olhar para as pessoas que criticam minha maneira de ser e achar que elas não são más, apenas não me entendem. Gosto de tentar entendê-las, embora nem sempre eu consiga.
Gosto de rir quando alguém está nervoso por alguma coisa boba. Principalmente quando este alguém sou eu. Mas quando é outra pessoa, vou rir bem longe.
Gosto muito de não pensar no que eu tenho que fazer amanhã. De não ficar me preocupando com o futuro. Ele só chega amanhã mesmo.
Gosto de saber que tudo é perfeito, apesar da aparente desordem. Que a vida é justa, apesar das injustiças que cometemos. E que foi Isaac Newton que me ensinou isto na terceira das leis que levam o seu nome.
Gosto muito de chocolate. Mas quando como três, como agora a pouco, é porque estou tenso. Gosto de ouvir música clássica quando estou assim. Isto me faz relaxar, rir de mim, enfim, voltar ao meu estado normal.
Gosto de saber que meu estado normal não é muito normal. Mas também gosto do fato que o conceito normal é relativo. Prefiro mais me guiar pelas leis naturais. Normal é coisa das criaturas, natural do criador.
Gosto das mulheres, embora nunca as tenha entendido. Entendi a teoria da relatividade, sobre a qual ainda existe muita confusão, já faz muito tempo. E acho que foi nesta época que desisti de entender as mulheres.
Gosto de comer. Adoro cozinhar. Mas ultimamente tenho comido só o necessário, o que me fez gostar muito de yôga. Ela me livrou de toda ansiedade.
Gosto muito do modo oriental de vida. Os orientais são muito sábios. Eles têm muito o que ensinar ao ocidente. Mas muito o que aprender também. Gosto muito do caminho do meio.
Gosto muito de brincar de escritor e de imaginar que meus textos são presentes, que humildemente ofereço a todos que tiverem a paciência de lê-los.