Minha musa-poetisa

 

A minha musa é divinal.

Deixa-me sem jeito

quando me toma a peito.

E eu me deixo emaranhar.

Fecho os olhos e me enlevo.

Ela me dita, e eu me deleito.

Chego até a enrubescer.

Quando leio o que compus.

Nunca conto nada disto a ninguém.

Apenas me esqueço de mim.

E deixo que ela me aprese.

Sinto-me solta e leve.

Envolta em mantos rubros.

Com falsos sentidos de pudor.

Nem sinto se mudo de côr.

 Coloco a flor nos cabelos.

Transformo-me em plenitude.

Sob o disfarce nobre da liberdade.

E faço-lhe sempre a vontade.

Ninguém se escandaliza com o que lê.

Ninguém repara, é poesia.

E apenas conversa de poetisa.

 

De t,ta

07-04-08-19.47

Tetita ou Té
Enviado por Tetita ou Té em 07/03/2008
Código do texto: T891411
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