OS PASSOS DE UM ASSASSINO
Um assassino de palavras caminha
Vê ao passo de sua angústia uma frágil poesia
A seguir em seu furor, palavra não dizia
Sua horrenda aparência causa em todos arrelia
Mas, por quê? ... ?... ?... ?... ? quê? ...
Como um eco, ternamente entoando
Enquanto não sabe vai-se assim indagando
Em sua andança,ao tropeçar num torrão
Que dor imensa!
Veremos agora o biltre em ação?!
Que fará em sua ira pela terra que o feriu?
Coisa estranha! Foi-se a dor e simplesmente sorriu
Esboçou uma alegria em silêncio e partiu
Com uma adaga em punho crime algum não se viu
Nem ao menos, blasfêmea contra alguém proferiu!
Sempre a arrastar em silêncio
Tampouco a dor exprime!
Talvez dela não se exime
Onde mata essas palavras
Não há alguém que saberia
Será também um poeta?
- Que terror! Se acaso ele for
Qual será o destino da nossa pensante poesia?