PRECIOSIDADE

Desde infância

Na pele trago lembrança

Das travessuras

Das brigas

E das surras

Obras esculpidas no corpo

Uns olham desconfiados

Outros ficam ligados

Aos passos dados

Hoje meio torto

Calejado

Não adianta achar um culpado

Quando é mais novo

Por si só desvairado

O tempo nos caleja

O tempo nos marca

Muito mais que no corpo

Na vida inteira

As marcas

As lembranças

Do tempo de criança

O peso

O fardo

Leve ou pesado

Que todos carregam

o valor estimado

da preciosidade

da vida humana

Sandro Sansão
Enviado por Sandro Sansão em 18/12/2019
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