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LOUCURAS SEM CENSURAS
(Sócrates Di Lima)

Não estou ligado a nada,
Reparo,
Deparo...
Talvez,
 Nem a ninguém...
Por conta disso,
Desligo meus tubos,
Também.
E nessa desentubada,
Entubo a vida,
Que me entuba o âmago,
Vasculha-me por dentro,
E às vezes me esvazia....
Outras me dão um pé na “bunda”
E diz:
- Vai,
Toma que o filho é teu!
E lá vou eu,
Desafiando meus sonhos.
Um beijo louco,
frenético,
selvagem...
uma vontade sem freios,
que pouco a pouco
leva-me aos devaneios.
amor na madrugada,
no muro, na rua, no carro,
na estrada.
sobre uma mesa de escritório,
uma máquina de lavar,
um elevador no último andar,
no lombo de um cavalo,
no último degrau da escada,
no último andar do çprédio,
no capô do carro,
no banco trazeiro,
do jeito que puder,
até de carriola,
o que importa,
é o amor,
o prazer,
a loucura de ontem,
de agora...
E assim, 
os tubos que me prendiam,
E que sulcavam minha alma,
Limparam minhas tristezas,
Sanearam minhas saudades,
Harmonizaram minhas querências.
E com toda eloquência,
Turbinaram minhas vontades,
Duplicaram minhas loucuras.
E agora, só espero o momento,
Para usá-las sem censuras.
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 03/10/2019
Código do texto: T6760367
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