FLORESCÊNCIA INQUIETA
 
Fez o poeta belo campo de sementes.
Sua intenção era colher muitas flores.
De colorido variado e de amores.
Que enternecesse o coração de toda gente.
 
Levantou cedo foi regar a plantação.
Inebriado esqueceu os dissabores.
Na caminhada dissipou todas as dores.
Felicidade, a mais rica emoção.
 
Passou os dias esperando a florescência.
Imaginando o perfume e as cores.
Que invadissem como pautas multicores.
Que transformassem o mundo com sua essência.
 
Na madrugada ouviu um som bem distante.
E intrigado pensou em mil beija-flores.
E foi tecendo muitos versos aos tenores.
Que os cantassem para alegrar aos amantes.
 
Doce engano, conferiu nosso poeta.
E pelo campo no lugar de tantas flores.
Batendo as asas num concerto decolores.
Mil borboletas, FLORESCÊNCIA INQUIETA.
 
Regina Madeira
"imagem do Google"
 14/02/2019 


 
Regina Madeira
Enviado por Regina Madeira em 19/02/2019
Código do texto: T6578961
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