MINHA MALUQUEZ
(Socrates Di Lima)
Minha maluquez,
Talvez,
Seja loucura ou embriaguez,
De saudade que me fiz freques.
Maluco beleza,
Como já dizia o cantor,
Poeta Raul Seixas, com certeza,
Vivia na poesia a sua dor.
Numa sociedade alternativa,
Achava-se cidadão,
Talvez, na sua liberdade em "canabis sativa
Levou-o a termo sua dispersão.
Como fazia o grande Bob Marley,
Na fumaça deflagrada do seu cigarro,
Seu vicio era Lei,
E dela se fazia escravo.
Mas, minha maluquez é diferente,
Desse cigarro do capeta,
Não enchi a minha mente,
Nem minhas vontades de gaveta.
Minha lúcida maluquez,
É um vicio insanável,
Vivo todo dia, toda vez,
Dependente desse mal tolerável.
Como a abelha...
Que na flor busca se encontrar,
Na vida espelha,
A maluquez no seu jeito de amar.
Minha maluquez sempre será,
A paixão, o amor e a saudade,
Vicio que um dia me levará,
A morrer de amor na ultima idade.
Minha maluquez é amar...
Fazer amor em taça de vinho,
Gemer, gritar, gozar...
Tremer na carne o amor carinho.
E assim, sou mais um...
Poeta ou não, vivo na loucura em altivez,
Carrego para todos ou para lugar algum,
O amor na carne, como minha maior maluquez.