ABRA-ME
(Sócrates Di Lima)

Fechei-me em cadeado,
Perdi-me e a chave,
Tornei-me enclausurado,
Preso á minha própria Nave,

Tranquei-me noe meus calabouços,
Acorrente-me nos sonhos meus,
Escondi-me das minhas vaidades de moço,
Mas não me esqueci dos sonhos teus.

Nas grades das minhas amarras,
Nem vi os Sóis nascerem nos meus medos.
Nas sombras as minhas garras,
Mostravam os meus segredos.

Fui-te e me vi,
Na escuridão dos meus caminhos,
Perdi-me de ti,
Nas poesias dos meus pergaminhos.

E tu te escondes a esmo,
Diz que não mais sou teu "veio"
E eu te disse o mesmo,
Com uma lágrima solta no meio.

Vi-me então novamente sozinho...
Numa longa e final estrada da vida...
Não há mais a luz ao final desse caminho,
Tornou-se triste a minha ida.

E assim, tranquei o meu coração,
Mas, tu tens a chave para escancarar-me
Entre razão , emoção e definição,
Venha, não perca tempo, abra-me.

 
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 18/02/2018
Código do texto: T6257615
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