(Sócrates Di Lima)
Como folhas e ventos,
Sigo meu Norte,
Em alentos e desalentos
Caminho com a sorte.
Sigo de carona...
com os sopros da vida...
ás vezes a tempestade detona,
e me perco no caminho da ida.
Mas, há sempre a esperança,
de chegar ao meu lugar,
como se fosse uma aliança,
Com a minha vontade de amar.
As vezes sigo no trem da vida,
Paro na estação de ninguém,
Passageiro da cada despedida,
Do amor que nunca vem.
Sigo como as folhas aos ventos....
revoando sobre os desertos dos sonhos...
As vezes feliz e longe dos tormentos,
Outras morimbundo e dias tristonhos.
Distante da terra prometida...
que povoa algum coração...
Sigo buscando guarida,
Mas, não cheguei á ultima estação.
As vezes sobrevoo os mares,
as serras e os montes,
embeveço -me nos orvalhares,
Das noites e seus horizontes.
So sei que ainda viajo...
sem amores e sem bagagens,
levo apenas minha alma e velejo,
Vivendo os sonhos e minhas miragens.