TORMENTAS
Lá longe, onde o horizonte não tem fim,
Vi tormentas se formando em diversas formas,
Algumas com nuvens negras ameaçadoras,
Outras mais calmas chegando de mansinho,
Anunciando que as chuvas chegariam.
Num ciclo que a própria natureza determina.
Apropriadas nas formas mais brandas,
Regam as plantas exauridas pelas secas,
Que bradam para suas raízes não secarem,
Pois da terra sugam os nutrientes que dão vida,
E se não forem regadas perdem suas vitalidades,
Onde o verde é a cor que demonstra sua altivez,
E de seus caules brotam muitas vezes lindas flores.
A natureza então desperta de sua inércia,
Pois as árvores estavam adormecidas e sem folhas,
Caindo no solo para que novo ciclo se incie,
Num outono que se anuncia para no inverno adormecer,
E num ciclo que regula todas as suas estações,
Vai repousar aguardando a primavera então chegar,
Onde o despertar de vidas vem com toda a euforia,
E as chuvas são bem vindas ao regarem todas as plantas.
A nossa vida tem também suas tormentas,
Algumas de formas bem leves regam nosso ego interior,
Trazendo alegrias que apagam as tristezas bem teimosas,
Se instalando em nossos corações em circunstancias adversas,
Sem esperar que pudessem nos trazer tantas adversidades,
Pois sempre almejamos o melhor nos caminhos escolhidos,
E como uma chuva branda que vem regar nossas esperanças,
O amor é a maior de todas as premissas que Deus nos brinda,
Pois através dele recuperamos energias quase adormecidas.
Jairo Valio
15-01-2018