Que paz...
Há tanto tempo não te via
como minha sombra
e a levar-me a alma,
acendendo o coração,
e em minhas mãos amar de graça.
Entendi o porquê das cores do arco-íris,
e de uma simples gota de mel
que pode adoçar para sempre o céu
do amor de quem tanto sente a vida,
não como um tempo que se gasta,
mas como alegria que se colhe
sem jamais morrer, o que nunca passa.
Desejo ser apenas o que amo,
amar como um poeta ardente e sem distâncias,
cheio dos versos confiscados
pelos instantes de dor sem dor, como se falseados,
apenas por suportar o insuportável
e amar o sumo de qualquer outro amor chegante...