MORENA
(Socrates Di Lima)
Nesta doce tarde morena,
Onde a brisa roça a tez,
Como uma caricia amena,
de mãos de extrema maciez..
Como pétalas de rosa,
Com luvas aveludadas,
Com olhares de prosa,
Lábios com falas adocicadas.
Nesta tarde de sutil leveza,
Traz na mente o seu olhar de encanto,
Banhado na sua beleza,
De menina mulher em transparente manto.
Olho o ontem dentro de mim,
E ali enxergo seu sorriso encantador,
seu jeito do tipo assim,
Carregado de um doce amor.
E vem na minha vontade a sua imagem...
Querendo experimentar do meu querer,
Chega ate ser uma miragem,
De tanta vontade de lhe ter.
Então, abro-me em verso e prosa,
Nesta tarde em toque de açucena,
Como de inicio, aquela rosa,
Mostrando a suavidade, em você morena.
Mas, talvez, nem sinta o que eu sinto agora,
Quando lhe concebi dentro de mim...
E se tiver que ir embora,
Sem antes se deitar em meu jardim,
Saiba que meu coração implora,
Para que sua ida não seja um fim.