A MARIPOSA TONTA - Poesia nº 06 do meu terceiro livro "Relevos"

Na branca luz da lâmpada que me alumiava,

De repente, apareceu uma mariposa tão bela;

Volitava na claridade, mas tonta, se cansava...

E eu ali, sem saber entender a estupidez dela.

Depois, rodopiava e caia num pouso brusco,

E novamente ela persistia, por qual critério?

Quem sabe eu teria em resposta (que busco

Na louca acintosidade dela), algum mistério?

Ferida, sapecada, alçava outro voo sofredor.

O clarão da luz de todo jeito, assim buscava...

Mas no meu quarto ela se mataria nesta dor.

Quase sem resistência, parava e descansava;

De dó ao vê-la quase morrendo, fiz um favor.

Libertei-a! E já no breu da noite, feliz voava!

Eduardo Eugênio Batista

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Setedados
Enviado por Setedados em 04/06/2016
Código do texto: T5656585
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