A MARIPOSA TONTA - Poesia nº 06 do meu terceiro livro "Relevos"
Na branca luz da lâmpada que me alumiava,
De repente, apareceu uma mariposa tão bela;
Volitava na claridade, mas tonta, se cansava...
E eu ali, sem saber entender a estupidez dela.
Depois, rodopiava e caia num pouso brusco,
E novamente ela persistia, por qual critério?
Quem sabe eu teria em resposta (que busco
Na louca acintosidade dela), algum mistério?
Ferida, sapecada, alçava outro voo sofredor.
O clarão da luz de todo jeito, assim buscava...
Mas no meu quarto ela se mataria nesta dor.
Quase sem resistência, parava e descansava;
De dó ao vê-la quase morrendo, fiz um favor.
Libertei-a! E já no breu da noite, feliz voava!
Eduardo Eugênio Batista
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