AO CAIR DA TARDE...
AO CAIR DA TARDE...
Ao cair da tarde,
Quando as nuvens tomam sua cor de fogo,
Quando o dia faz com a noite um jogo,
Do vai... do inunda...,
Quando o sol se afunda
Secreto e não arde,
Quando a Natureza
Cai numa quietude quase de abandono
E a Morfeu se entrega nos braços do sono,
Há no ar perfumes
Que levam a cumes
A alma em leveza...
Sonhos de luar,
De estrelas cadentes, de rios, marés,
De ondas que voam até ao convés
Duma vida intensa,
Onde a alma imensa
Se põe a sonhar...
Ao cair da tarde
Toda esta magia...
O sol já não arde
Mas ardo em poesia.
Joaquim Sustelo
(em "ENQUANTO A BRISA SOPRA")