AO CAIR DA TARDE...

AO CAIR DA TARDE...

Ao cair da tarde,

Quando as nuvens tomam sua cor de fogo,

Quando o dia faz com a noite um jogo,

Do vai... do inunda...,

Quando o sol se afunda

Secreto e não arde,

Quando a Natureza

Cai numa quietude quase de abandono

E a Morfeu se entrega nos braços do sono,

Há no ar perfumes

Que levam a cumes

A alma em leveza...

Sonhos de luar,

De estrelas cadentes, de rios, marés,

De ondas que voam até ao convés

Duma vida intensa,

Onde a alma imensa

Se põe a sonhar...

Ao cair da tarde

Toda esta magia...

O sol já não arde

Mas ardo em poesia.

Joaquim Sustelo

(em "ENQUANTO A BRISA SOPRA")

Joaquim Sustelo
Enviado por Joaquim Sustelo em 26/06/2007
Código do texto: T542129