Criança Abandonada

Na calçada de uma lanchonete,

encontrei uma criança sentada.

Perguntei-lhe o seu nome,

e ela não me disse nada.

Não querendo pertuba-lá,

segui então meu caminho.

Uns gritos bem perto soaram,

dizendo: Ei moça espere um poquinho!

Voltei de encontro a criança,

e reparei que estava abatida.

Após me olhar ela disse:

Moça, eu não sou bandida.

Se queres saber meu nome,

tudo bem, eu vou te falar.

Meu nome é Ana Paula,

e durmo na porta do Bar.

Quando papai morreu,

logo mamãe se casou.

Por causa do meu padrasto

De casa me expulsou.

Moça eu não entendo,

porque a mãe praticou esse ato.

No minimo ela pensou,

que eu tivesse caso com meu padrasto.

Abracei fortemente a criança

e convidei-a para almoçar.

Falei sobre minha infância

e vi seus olhos brilhar.

Um sorriso ela me deu

dizendo que ficou encantada.

Pois em anos era a primeira vez,

que não se sentia abandonada.

Núbis
Enviado por Núbis em 22/04/2007
Reeditado em 07/09/2020
Código do texto: T459077
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.