na sombra do jequitibá
ideia no plano não voa
toalha sacode-se à toa
a rima no rumo de Marte
moinho rodando – estandarte
sovaco de cobra é pincel
o dedo fugiu do anel
gigante andou de gatinhas
berrante chamou as galinhas
fuxico do Chico é tomate
o dente caiu do alicate
espada não corta o que é cego
bainha afiada no prego
a moça que adoça seu beijo
é sempre a que gosta de queijo
o túmulo é um precipício
no fundo o mergulho é o início
na sombra do jequitibá
a sede é o poço que dá
bem junto da maçaranduba
roncando mais forte que a tuba
o trote é o anúncio de alguém
cavalo fugindo do trem
no parto a espera acabou
pois foi o neném que chegou