solte-me, camaleão

deixe-me escrever

à toda hora, todo momento

no contra-vento, no que invento

vem, vento, vem

vai também

atrás de alguém,

mas não queira me dizer

o que não sei

deixe-me procurar, ver se descubro

me cubro com o azul do mar

fico rubro com o sol a me queimar

e, contudo, não me iludo

sei onde vou parar

só não sei quando

pode ser que quando tudo

for de novo começar

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 10/11/2012
Código do texto: T3978299
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.