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      ecanto
        
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QUEM FOSTES TU 
 
Quem fostes tu menina...
Que em meus sonhos adentrou
Meu coração aos pouco conquistou
Fazendo hoje parte da minha história
Que de paralelas se fazem trajetórias
E foi a solidão o que me restou
Quem fostes tu menina
Por quem tanto perdia o sono
Que impedia-me de sonhar...

E após o meu despertar....
Deixou-me no total abandono...
Sabia que o teu coração
Jamais seria meu.......
Menina com gostinho de mel
Um verdadeiro presente do céu...
Quem fostes tu doce menina
Que não conseguia me enxergar
Além das sujas vidraças
Quem fostes tu menina
Que dizia enxergar além do horizonte
Quem fostes tu menina
Que apesar de chegar bem perto
Nunca bebeu a água da fonte
Quem foste tu menina...
Que nunca apreciou
O belo na gota do orvalho
Que nunca apreciou
A lua cheia entre galhos de Ypês
Foi muito mais dolorido....
Anos após anos a coruja a piar
Na acácia florida de sentilena
Bem acima da  janela...
Que aos poucos me identifico nela.
Águas passadas
Não movem moinhos....
Nem com todo Vigor
Não quero chorar
Sôbre o leite derramado...
Me sinto um pó
O que nunca me passou...
Foi chegar ao ninho.......
Sentado a beira da estrada....
Na mais plena solidão...
Dos dedos dos alísios...
Sinto na face o acariciar
Contemplando o tempo passar
E os sibilos a sussurar baixinho
Vai passar....
 
 
Um rabisco bem idiota
De quem não vai voltar....
Sem data e assinatura...
Como diria o Barão vermelho
O poeta está vivo....
Esqueçam a palavra poeta....



Rio das Ostras 31 de Outubro de 2012