Rio de possibilidades
Entrei a nado pelo rio a dentro,
beijando fontes, abraçando correntezas.
A manhã era ensolarada.
O rio era de prata.
Uma mangueira soberba e alegre
ficou, de longe, me sorrindo.
O céu era esperança.
o rio era possiblidades.
Nadei em águas daqui distantes.
Cachoeiras formosas deram-me pouso.
Agora, exausta, de volta à margem,
sinto-me alegre como a amplidão.
Meus lábios secos beijaram fontes,
meus braços curtos romperam as curvas
das fortes correntezas na imensidão.
Agora volto de novo à margem.
Tenho nos lábios o doce da certeza.
Trago nos braços a compreensão.