IMPERTURBÁVEL

Serena e sem mágoas continuo a andar

Com os cachos no rosto sempre a me enlaçar

Vejo-me como uma cerejeira com os galhos a balançar

E a como a mais leve borboleta que aos poucos sai do lugar

Sou constante

Sei de mim

Mesmo errante

Percebo que ainda não cheguei ao fim

Minha ira é com os dias curtos a correr

Que levam o céu azul que estava a me entreter

Vislumbro a noite e não sei mais reclamar

Pelo dia que cedeu a lua a chance de brilhar

Amo o ócio que permite a inspiração

Pois nesse tempo de descanso encontro a salvação

Escrever sobre o que me encanta

E postar em páginas avulsas a felicidade que toda a tristeza espanta