Que enigmática magia tem a poesia
Poetar é poetizar o céu,
É rebelar-se contra o inferno.
É ser criança na infância
De um olhar paterno.
É dizer adeus a Deus
No nevoado inverno.
É falar da dor revestida
De amor; bem colorida.
É gozar do horror
Dele parido.
É ser gestor
Do linguajar
Incompreendido.
É ousar o que jamais
Tenha-se ouvido.
O Clarim da Paz