Poetisa

Era um dia qualquer

e foi num outro dia qualquer que eu a conheci

menina, bem mulher, em postura, não em formosura

rostinho angelical, como toda boa garota

quedei-me em um pequeno momento

e foi o bastante, aquele tão pouco

muito representou. Seria ela?

Como saber o que e de quem?

Parei de me perguntar bobagens

mas não pude deixar de tentar vê-la

e olha; que incrível! Ela também me buscou

e por sinal, foi ela quem me achou.

Uma mensagem, um sinal e por fim

uma bela e magistral conversa

demorada, condescendente e real

do pouco que li, muito gostei

bela personalidade, canceriana como eu

poetisa oculta, escondida, disfarçada,

tramando em linhas seus belos desenlaces

desvendando-se nos versos que muito cativou-me

somente três me foram dados, pequena amostra

simples, comedidos, mas potentes como raios

suas palavras me fizeram refletir

onde ir, para quem escrever, até onde ler...

ontem eu a li, hoje sequer se mostrou

mas comigo, em cada uma de minhas linhas,

esteve. Uma companhia literal

uma doce e suave gentileza de poetisa

bela parceria, um desejo de fato

nada como uma alma incentivadora

tanto nas palavras quanto na beleza

e que riqueza de talento, de desenhos a acontecimentos

quantas coincidências,

versos meus e versos seus, nós compartilhamos

a arte vive em nossas vidas e como disse; que bela parceria

escrevendo todos os dias, lendo-a e sendo lido

um músico esquecido, um futuro escritor

vendo-a a todo tempo, que alegria poderia ter

ao ler minha amiga poetisa

tímida e reticente, mas adoravelmente penetrante

cativante e solícita de alguém

quem?

Pedro HD Delavia
Enviado por Pedro HD Delavia em 15/02/2011
Reeditado em 15/02/2011
Código do texto: T2792813
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