RELEX NA CACHOEIRA
Ah! Essa tão chapante natureza...?
Bem, bem na frente do meu nariz!
Pés molhados na leve correnteza,
Sol entre as árvores o que me diz?
Sim!
Cachoeira...
Tudo preto e branco no subir da fumaça azulada,
Que escapa entre os meus lábios, da erva danada.
Tudo colorido... Muito colorido!
Muito louco estou e fiquei,
Meu rosto na água fria molhei...
Fecho os olhos e libero-me num duplo sentido,
Na razão da minha loucura dei um grito contido.
Soltei tudo isso, que entrou mata adentro e se calou,
Mostrando para as horas que ali ficar, quem eu sou.
Olhando o céu azul de uma luz sem par,
Eu meço o tempo que vêm da rapidez
Da viagem que parece nunca acabar,
Porque engana sim, a minha lucidez.
Logo depois, normalizando, contemplando a natureza...,
Digo: Meu Deus!? Como conseguistes criar tanta beleza?
Como é viva a vida das visões em harmonia,
Cachoeira louca, guardei o teu endereço,
Eu voltarei a te encontrar em qualquer dia...