Renascimento

A alma inebriante JAMAIS é morta, frente

às portas da Ressurreição do Sentimento

qu’uma a uma se abrem ao Encantamento;

aviv’o cantar infindo da estrela dormente!

Não morre! docemente exorta e sublimiza

a mais secreta e rara ânsia a alma viageira

dos vergeis ao maior Bem do Pensamento,

chama nova vê raiando na remota aurora!

Soluça e Sorri! Transfigura vãos devaneios

ao lembrar sonhando por estrelas ond’erra,

tantas vezes de braço com céu vê dos veios

d’estranhos mistérios escorrer Luz à terra!

A alma volta à infância dos primeiros beijos;

do fim dito morte, retoma os últimos desejos

como se primeiros fossem, virgens do etéreo,

acendem a fogueira dos primeiros mistérios!

Santos-SP-11/08/2006

Inês Marucci
Enviado por Inês Marucci em 11/08/2006
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