Até Nunca Mais

Ainda que, no céu, passem o rodo,

E chova o dia todo...

Ainda assim, hoje, quero distância dela.

Não quero vê-la, nem pela janela.

Não quero saber o seu paradeiro,

Nem que eu perca dinheiro.

Ou seja, mortalmente contrariado...

Mesmo que tudo dê errado,

Estou fazendo de conta que é sábado!

Por ela, não serei importunado.

Estou farto de vê-la perto

Emboscando,

Atentando,

Quero que ela vá de retro!

Troquei de degrau

Estou um pouco acima do normal.

Quero que meu espírito descanse

Longe de seu mórbido alcance.

Trabalhei muito para esse momento.

É transparente meu argumento:

Com ela, não sigo mais!

Ela é perversa, muito por demais!

Quase me tirou do lugar que me pertence

Ela quer que eu não raciocine, não pense.

Que a aceite,

Para seu egoísta deleite.

Por pura maldade,

Já que ela é plena de obscuridade.

Estava enfraquecendo

De mim, esquecendo.

Estava virando o meu próprio arremedo,

Permitindo-a abertamente no enredo.

Ela estava se apossando da alma,

Fechando a palma.

Rejeito totalmente sua companhia

Nesse momento declaro resgatada a harmonia.

Volto para minha melodia

Que segue, desimpedida, ao sabor da alegria.

Com toda a firmeza:

Adeus e até nunca mais, tristeza!!!

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 31/08/2009
Reeditado em 31/08/2009
Código do texto: T1784186