Um novo dia

Quando nos tempos idos

O sonho em meu colo vinha se deitar

A minha mente parecia perdida

E os meus olhos pareciam se fixar

Em um mundo

Longe deste imundo.

O tempo passava

E eu continuava ali parado

Eu tentava fugir, mas parado

Vivia em um lugar paralelo a este.

Minha alma meio que dividida

Soluçava de tanto chorar

Olhando para meu corpo sem vida

Sem saber por onde começar.

Rogava por um milagre

Sem mesmo ter certeza a quem rogar

Meu pecado sempre foi ser triste

Mas nunca soube parar de pecar.

O olhar de um suicida

O coração de quem nunca viveu

A sensação de uma partida sem volta

A volta de quem nunca morreu.

Tremores de estresse

Cadeias de montanhas se debruçando

Placas tectónicas se resvalando

Turbulência sem pânico

milhões de lágrimas por baixo do pano.

Minhas açoes robóticas

Não davam jus ao meu desejo de mudar

"Se não pode com ele

Junte-se a ele"

Assim diz o ditado popular.

Mas eu não conseguia!

E sem perceber

Por ajuda da biblioterapia

As correntes foram se soltando

O riso em meu rosto se formando

E pouco a pouco meu coração amando.

Não me arrependo de nada que fiz

Mas, do tédio agora eu tenho horror

Pois Deus é o meu senhor

E com ele sou feliz.