UMA VIDA

Nasce como flor, o mormaço morno.

Em uma semente, exposta abrindo.

Feitio de lembrança,esmero advindo.

O sorriso sincero, abraço do retorno.

Escondida em vaso,no meio da mesa.

Murchando pétalas, mudando aroma.

Enquanto outro aspecto,lindo retoma.

Tal flor assim morre,em plena beleza.

Passeando nas narinas,um lembrete.

Acomodando na mente,a recordação.

Fragrância carregada,mesmo bordão.

Antecedente escrevendo, um bilhete.

Todas as espécimes,silenciosamente.

Mantendo entre si,o mesmo recurso.

A vida um mistério,pedindo percurso.

Mantendo eternidade,numa semente.

Plantando, a mesma espécie colhida.

Um belo recado,implícito espalhando.

Exemplares a mais, atitude voltando.

Filosofando, tão recorrente uma vida.