AMORFO

Destranquei meu coração

soltei a fera antes ferida,

arrebentei os meus grilhões

acorrentado a outras paixões.

E em meio a madrugada

sai a procura de nova amada.

Farejei o silêncio

enxerguei até o nada.

Tinha você no meu pensamento

cheguei tatear o vento

e continuava a te procurar

e a você hei de encontrar

para o teu coração ocupar.

Nunca me chamarás de posseiro

serei apenas companheiro.

Por que estás tão escondida,

se desilusão é tua vida,

eu posso muda-la minha querida.

Apareça logo por favor

estive muito tempo enjaulado

com você pretendo fazer amor

e até posso dizer como será.

Agora é só você imaginar,

e aos meus toques querereres sentir.

Vagarosamente como corre o tempo

cada peça irei te despir

só com este meu olhar,

e para cima irei jogar

e com um leve sopro

conduzo-as ao vento.

Você assim estará despida

com toda nudez exposta,

se sentirás tão desprotegida

que em meus braços irás se atirar,

que os terá como resposta.

Essa é mais uma loucura

observe essa pintura

é como isso que ora esbarro

Será dilema?

Será problema?

Não sei!

Só sei que é desta forma que a tenho

numa estranha forma amorfo de barro

e será o colorido da minha vida.

Renatinhuuuuuu 30 de Agosto de 2006 14:31