AMARGO
No silêncio profundo da madrugada,
velejo abraçado a eterna solidão.
Na busca desesperada da pessoa amada,
em meio tempestade e bulcão e escuridão.
Assim programo e sigo caminho,
por esses mares sem rastros deixar.
insisto não desisto de estar no teu ninho,
para nele nos deitar, e nossos corpos repousar.
O mar não deixa mas preciso de rastros,
a vida é bela estou perdido na escuridão.
Vento frio calmaria tenho velas e mastros
e o que vem-me faltar é você neste timão.
O que acontecerá no fim desta viagem,
será eu sozinho aportando na solidão?
Miragem, decerto, estou só de passagem,
alucinação não embarque no meu coração.
Tudo leva-me a crer que perdido hei de ficar,
por todas essas cortar e por rastros não deixar,
mas hei de me contentar e nada irei lamentar,
nos meus sonhos viajo e vim para não voltar.
Pré destinado destino se nas lagrimas derramada,
o choro vier a se fazer de nenhuma esperança
uma caixinha de surpresa Pandora a pessoa amada,
que do seu coração só ficarei com apenas lembranças.
Rs t...
Rio das Ostras 25 de Abril de 2009 08:22 hs