Enquanto há vida há sempre uma primavera que floresce

 

 

 

E um dia ! Irrompeste na minha vida.

Vieste de mansinho acordar

o que estava adormecido.

Revolucionaste,

com a doçura das tuas palavras,

a minha placidez.

Queda estava.

A minha vida decorria

como a água da nascente.

Translúcida e pura.

Livre de escolhos.

Nascente espontânea, e independente espraiava-se

tranquilamente, descobrindo o trilho

por onde ia cantando e encantando.

Singular na sua natureza.

Presa ao seu destino, o mar

Viva graciosa e admirável

Insinuava-se no seu encantamento

E o caminho, fazia-o sem pressas.

Entre os afagos da natureza.

Com suspiros de quem se entrega por amor  

ás vagas dessa imensidão.

Mas tu apareceste no entardecer da minha vida.

Inesperadamente, acordaste

a volúpia adormecida dos meus sentidos.

E tudo em mim se alterou.

E uma explosão de felicidade

avivou o meu coração

que voltou a palpitar, nos anseios ardorosos já amaciados.

E despertaste as saudades de um passado,

tormento puro, doce e magoado.

E o meu encantamento

tornado sonho

pelo que me sussurraste

prova de generosidade e acto de amor

tornou esse Outono

na mais linda e florida primavera

 

tta

 

20-09-08

Tetita ou Té
Enviado por Tetita ou Té em 22/09/2008
Código do texto: T1190646
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