SEGREDO DA FELICIDADE
Tarcísio R. Costa

 
Nesta noite sem sono,
perdido no meu pensamento,
caminho rumo ao passado,
olhando o meu retrato,
nele, diviso o fulgor
que o tempo
apagou...
 
Nele, meus antigos olhos
 olham para mim
como se estivessem a me cobrar
as promessas da minha mocidade
nascidas dos meus sonhos...
 
Mas, ele(o retrato) não me vê... ele é o tempo
 e eu hoje, agora sou o hoje, a verdade,
com os meus olhos entristecidos,
pelos longos anos vividos...
 
Já não tenho ilusão,
é dosada a minha alegria,
nao tenho mais toda aquela euforia,
isso é causa de muita frustração,
são as saudade guardadas
no meu velho coração.
 
Sei que esses versos são tristes,
porque fluíram de uma realidade,
não adianta suscitar despistes
diante da crueza da verdade.
 
Mas, tudo depende da visão
de como é visto o outro lado da verdade,
Se com o predomínio da razão ou da emoção,
há equilíbrio desses polos, pode aí ser encontrado,
o segredo da felicidade.
 
Brasília, 17 de junho de 2006
Tarcísio Ribeiro Costa
 
Tarcísio Ribeiro Costa
Enviado por Tarcísio Ribeiro Costa em 09/09/2008
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