Exultação ao fim do 6x1!
Adeus, ciclo de dias sem cor,
onde o cansaço ditava o rigor.
Seis ao esforço, um ao descanso,
um alívio breve, um tempo manso.
Rompem-se as correntes da repetição,
um sonho tardio toma forma em ação.
Horas roubadas agora são devolvidas,
e as almas cansadas, enfim, são ouvidas.
As máquinas descansam, o silêncio é rei,
o sol se deita e eu sei que serei
mais que números, mais que produção,
um corpo que vive, um coração.
Que venha o tempo de vida vivida,
não só de luta, mas de alma erguida.
O fim da escala é o começo do ser,
do direito ao tempo, do direito de viver.