Te conto em um poema.
Em noites onde o conflito tece seu manto sombrio,
Um poema natalino surge, um tema, um desafio.
Em tempos de tormenta, onde lágrimas caem,
Vamos reacender tradições, recuperar o que se esvai.
Nas trincheiras da vida, onde o medo é companhia,
O Natal se ergue, o qual faz a luz que guia.
Em corações cansados, a chama persiste,
Recuperar tradições, um ato que resiste.
À mesa, onde se partilha mais que o pão,
São memórias, não conflitos, que deixam legado são.
Sob a árvore humilde, enfeites de saudade,
Nas mãos trêmulas, a força da fraternidade.
Os sinos ressoam, ecoando por campos de dor,
Mas na alegria simples, encontramos o maior fulgor.
Com gestos de amor, pequenos e sinceros,
Festejamos o Natal, mesmo entre escombros severos.
Que cada luzinha piscando, como estrelas a brilhar,
Seja um raio de esperança, a nos iluminar.
Em meio às notícias tristes, erguemos a canção,
Festejamos o Natal, símbolo de união.
Que os presentes sejam os abraços, os enfeites os sorrisos,
E mesmo em tempos de conflitos, que se criem paraísos.
Pois o verdadeiro espírito natalino, forte e vital,
É reacender tradições, mesmo em meio ao vendaval.
Nas terras do interior, onde o sol se deita manso,
Um velho sábio escreve, com coração em descanso.
Em tempos de conflito que assolam a nação,
Ele tece versos de paz, na sua humilde oração.
Natal chegando, luzes a brilhar,
Na simplicidade, o verdadeiro encanto a se revelar.
O noticiário é sombrio, mas no peito há uma chama,
Recuperar tradições, como alma antiga que emana.
Os sinos repicam, ecoam na montanha,
Ecos de esperança, como água que se banha.
Na mesa simples, à luz da vela tremeluz,
O velho sussurra: "A tradição ainda nos conduz”.
Então, erguemos um brinde, na noite estrelada,
À tradição que perdura, à esperança renovada.
Que o Natal, mesmo em tempos tão duros,
Seja farol de luz, escudo que reluz, aquecendo nossa morada.
*Poesia que fiz para o II Concurso Literário de Natal da cidade de Salesópolis, o qual ganhei em 2º lugar mais uma vez.