Escritor

Todos os dias eu me levanto

Entre trancos e vários barrancos

Procurando uma página em branco

Entre os versos vem o meu pranto.

Umas palavras cheias de pausas

De vírgulas deprimidas sem rumo

Não há uma borracha para o prumo

Há uma caneta para as causas.

Da escrita à danada da reescrita

Entrelaça os parágrafos sem jeito

Impera a exclamação manuscrita.

Quero simplesmente ocultar o sujeito

Amassar e jogar a página maldita

Ou um ponto final para me livrar do defeito.