Porto são Francisco Barcarena Pará

I- Saudades

Olhando o porto são Francisco

Posso recordar

no que ainda molha meus olhos

Oh! como recordo!

Venho estar,

Banhando de saudades,

daqueles velhos tempos,

que com remo e canoa descia rio abaixo.

Oh! São Francisco,

com olhos desta foz,

sou mais que um colonizador,

um conquistador, sonhador

que faço parte desta terra,

de amor, bravura e fervor!

II

Nas promessas de cada partida,

âncoras, barcos parados,

Porto de cais, de redes, de embarcação, de gente

vintage deste meu tempo, como os lenços que guardo, suspensórios,

são momentos, destes, muitos ainda faz-me Cortez.

De tempos curtos,

Sorrisos abertos, nascem,

crescem e se enraízam neste lugar, de

Sonhos, riquezas, apreciados,

escuros, sombrios, por detrás de meus aperreados amores,

joias raras, abraços, saudades, juçaras de terras pretas,

Perolas negras, de sabor Gibiriés, Mortiguara.

De sangue grosso, pureza truca,

de mato, roça, lavoura,

saudades!

III

Destas, recordo saudades de dias gloriosos,

de quem era mais que um viajante,

um conquistar de terras,

de amores de lugares,

desta me reconstruir,

estou cá, de frente deste rio,

com pés nas águas,

refém de imensas sensações a estourar-me o peito.

A explosão do que vivi,

Está vivo dentro, dentro esperneia

hoje de fraco, que suas proezas não me rendam

Forças para desbravar.

Desta terra, freguesia

Sou eu

Desta terra sou São Francisco,

tão terra,

vivo, amanhã pó,

só não nas lembranças,

de que um dia fora.

IV

Desta capela, grandes nomes,

homens valentes, bélicos!

Bendito Ave Maria, por esta terra, que à água, a lua prateia.

Do colorido dos peixes,

o mar sem fundo

do assovio das palmeiras

o papagaio que chama, saudades da terra do velho mundo.

Dedicatória

Madaya Silva
Enviado por Madaya Silva em 07/05/2022
Reeditado em 07/05/2022
Código do texto: T7511375
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