Meu Natal quando criança

Meu natal, quando criança,

mais que vela e esperança,

tinha os encantos do vovô.

Tinha farra e alegria.

Na mesa, todo dia,

guaraná com a tampinha,

que ele antes perfurou.

Farra e muitos brindes,

um sorriso encantador,

um olhar indescritível,

picolés lotando o congelador.

Eu nunca o vi reclamando da vida.

Eu nunca ouvi um gemido de dor.

Da boca dele só saia palavras bonitas.

Da boca dele só se ouvia palavras de amor.

Meu natal perto da esplanada,

tinha árvore improvisada

e a mais linda da região.

Bombons sonhos de salva

com sabor sem ressalva.

O paladar degustava

felicidade no coração.

Folia e muita brincadeira.

Um ser humano fascinante.

O amor à vida mascarava

o cansaço no semblante.

Hoje, meu natal não é triste

e nem poderia ser,

mas tem momentos que ele insiste

lembrar de você.

E, se eu adoro tanto o natal,

é porque sempre comigo estará

a lição que você me ensinou:

natal, também, é tempo de brincar.

LUCIANO AUGUSTO
Enviado por LUCIANO AUGUSTO em 25/12/2017
Código do texto: T6208348
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