Um poema de idade
Não quero presentes.
Tenho muitos guardados.
A singeleza da amizade,
o toque suave da graça divina.
Tudo isso é primaz.
Quando se completa anos,
captura-se o que é importante.
Tenho desligado-me de tanta coisa.
Sou feliz. Sim, sou feliz!
Sei que não perguntou,
mas preciso dizer isso.
Uma felicidade "inroubável".
Trago-a dentro, lá dentro.
A adquiri com suor e tempo.
Suor produzido pelas angústias,
tempo, gasto na compreensão das mesmas.
Não quero presentes, quero apenas viver.
Passar meus dias debruçado no parapeito da vida.
Observar de camarote os dias passarem
e se o samba tocar, mover-me em direção à felicidade.
Quero poetizar a idade.
Dizer para mim mesmo: eu te amo...
Criar versos nas curvas da existência
e quando eu dobrar a última,
dizer sussurrando: valeu meu Pai.
Não quero presentes.
Tenho muitos guardados.
A singeleza da amizade,
o toque suave da graça divina.
Tudo isso é primaz.
Quando se completa anos,
captura-se o que é importante.
Tenho desligado-me de tanta coisa.
Sou feliz. Sim, sou feliz!
Sei que não perguntou,
mas preciso dizer isso.
Uma felicidade "inroubável".
Trago-a dentro, lá dentro.
A adquiri com suor e tempo.
Suor produzido pelas angústias,
tempo, gasto na compreensão das mesmas.
Não quero presentes, quero apenas viver.
Passar meus dias debruçado no parapeito da vida.
Observar de camarote os dias passarem
e se o samba tocar, mover-me em direção à felicidade.
Quero poetizar a idade.
Dizer para mim mesmo: eu te amo...
Criar versos nas curvas da existência
e quando eu dobrar a última,
dizer sussurrando: valeu meu Pai.