O relógio

Vinte e quatro pontos pomos

Foram vinte e quatro vezes

que assiste a tão belo instante

O relógi insistentemente põe-se a tocar

Ele diz que inevitavelmente

Que transpus o vigésimo segundo

Aquele dia que encantado

Me vio chegar menino desnudo

Para um mundo tão complexo

Cheia de altos e baixos

Se foi aos poucos mostrando

A beleza em cada ponto

Contrastes chocantes porém singulares

Como as linhas quebradas

Das eternas chapadas dos guimarães

O visual vislumbrante

De cabelos encarapasados

De olhos e lábios habeis

E o brilho da pele retinta

Como o piche que o sol

O faz lumiar e suor como uma seiva

Hoje madurecido ademiro e miro

A profundidade de sua beleza

Desta negritude desterrada

Ao longo destes vinte e quatro anos

Itens de investidas mau sucedidas.

ZEGUGA
Enviado por ZEGUGA em 24/07/2013
Código do texto: T4402646
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.