MEU PAI PRIMEIRO
Seu nome Aparecido
sua pele era escura,
para mim ele tem sido
homem de grande bravura.
Na lavoura se criou,
e também criou os filhos.
Dele falar agora eu vou
de meu pai, já falecido.
Lembranças eu tenho dele
comigo se parecia.
Ele dormia na rede,
mineiro dizem...seria?
Mas eras um Paulistinha.
Em Rio Pardo ele nasceu.
Oitenta anos ele tinha,
quando se foi...faleceu.
Me ensinou muita coisa,
o velho Aparecido.
Dizem que eu sou o seu sósia,
e grande homem seria.
Sua presença é constante,
não sai do meu pensamento.
Porém, tenho que ir adiante,
sua falta eu lamento.
Nesta simples homenagem
que nestas linhas eu traço,
é por causa da viagem
que esta poesia eu faço.