Ano Novo

Ano novo chega
E os mistérios permanecem
Apenas um número a mais
Do esvaído tempo fugaz

Meu coração velho permanece
Preso as recordações
Multidões definham
Uma estrela agonizante expira

E a vida caminha
Paixões, ganhos, perdas, ardores
Maldade, alegria, tristeza.

O prazer de uma noite
A manhâ luminosa
Dura por instantes

Tudo retorna
Não se mede o tempo
Que passa melancolicamente
Um bêbado sem rumo certo vagueia
No grande movimento

De tudo que expira
Resta um pouco de chama
Ficam vestígios
Dos terrestres anos.

Maria Socorro Costa
Enviado por Maria Socorro Costa em 23/12/2008
Reeditado em 24/12/2008
Código do texto: T1350545