CHOVE CHUVA, sem parar
CHOVE, CHUVA...
Chove chuva, sem parar
Como em cântaros a cantar
Pelos recantos das telhas
Com grossos pingos a tilintar.
Pássaros piam e se encantam
Musicando entre os galhos
Sob alegres pios do Bem-ti-vi
Teu gotejar sobre as folhas
Orvalhando de néctar as flores
Para o ósculo do colibri
O sonoro grasnar das rãs
Saudando a dadivosa chuva
Cotejando com lamentoso pranto
O despencar nas calhas dos recantos
Pingos construindo rios pra seu encanto,
Mas, destruindo os ninhos das saúvas.
Chove chuva....