VELHO NO NOVO
(Sócrates Di Lima)
Quebre suas paredes
refaça suas redes
tudo passa
o tempo ultrapassa
e não refaça
o que lá atrás ficou
e por certo, o que já passou.
O velho morre, deveras...
Um dia...
O novo renasce,
Sem impasse,
Das quimeras
Quiçá na poesia.
O velho é utopia..
Fuga da melancolia
Do que restou perdido,
Todavia.,
Sucumbido,
Na nostalgia.
O velho é o ontem...
Passou!
O novo é o agora,
Pós mortem,
Mas ainda, não findou...
Mas foi embora!
O amanhã..
Subistituto.,
Que que findou.,
na esteira do divã....
Do pensamento astuto,
Que se formou!
Então, há que se revisar
A mente
O Corpo
A semente
que vai brotar
E que tem o escopo
de se lamentar!
O que não serve mais..
Deixe ir embora.,
Ou se valer a pena.,
Renove no agora
deixe entrar em cena
Na lucidez dos seus ais!
Não desista...
Insista
Persista
Subsista
no que lhe for melhor
Para sua paz
Para seu amor
Fuja das solidões,
Abarga suas emoções
e viva como o velho novo...
Que ainda vive em você,
E se por ventua crê.,
Busca o renovo,
Reviva suas razões,
Cure suas emoções,
e embarque de vez,
Outra vez.,
Nos seus tesões!
Porque o ontem já foi,
não deixe para depois,
Viva o hoje é agora
Bota suas vontades para fora
saia da sua redoma,
das suas mesmices,
Apenas soma
longe das tolices
do seu afã,
Porque o amanhã.,
Nova chance não virá
E, talvez não lhe chegará!