Café

No lago negro do copo de cafeína

me energizo e me afogo,

Mas, a euforia que me dá é também minha ruína.

O líquido escuro é minha adrenalina,

que ativa uma outra persona,

aquela que é forte, que sorri fora da cortina

De gole em gole, vou sorrindo,

me torno o personagem,

mas depois a ansiedade me ataca e domina.

É minha loucura vespertina...

Coração acelerado, uma sina,

que aos poucos me aniquila e extermina.