Terra Branca

A vida me deu de presente,

E só posso agradecer,

Um palmo de terra branca

Cá pra bandas do Tiête.

Nunca vi voo orquestrado

Nas névoas do amanhecer

Nem o céu acobreado

Como o deste entardecer.

Se são oito para ir

Também são para voltar,

Dezesseis só atravessa

Quem nasceu para nadar.

Os canários vivem soltos

Vão doirando nosso ar,

Os sanhaços comem frutos

Que farteiam no pomar.

Da cadeira na varanda

Não me canso de escutar

Cantar livre na amoreira

O monarca sabiá.

JAEL SOUZA
Enviado por JAEL SOUZA em 08/11/2022
Reeditado em 08/11/2022
Código do texto: T7645491
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